Interna

17/04/2025 - terça-feira - 05:27 PM

Manejos de entressafra são decisivos para produtividade e lucratividade da lavoura

O outono é o momento ideal para correção de solo, implementação de plantas de cobertura e manejo de plantas daninhas
Foto de caminhão aplicando fertilizante em resteva.

A colheita e entrega dos grãos de soja e milho representam o final de mais uma safra de verão, assim como o início do planejamento e manejo do sistema produtivo para as próximas safras, mesmo diante de resultados frustrantes em função da falta de chuvas. “Nosso produtor é resiliente, ele precisa erguer a cabeça e olhar em frente junto com a cooperativa para alinhar o seu futuro, tanto na parte de manejo quanto na área financeira”, ressalta o gerente de produção vegetal da Cotrijal, Alexandre Doneda.

A entressafra é o momento ideal para a adoção de estratégias voltadas à correção nutricional do solo, controle de plantas daninhas e rotação de culturas. Essas técnicas contribuem para a racionalização de recursos, otimização da produção e crescimento do potencial produtivo. Considerando o impacto nas safras comerciais e na rentabilidade da lavoura, é importante entender cada etapa e realizar um planejamento cuidadoso do sistema produtivo.

Análise e Correção de Solo

A entressafra é o período mais indicado para a coleta de amostras para a análise e a correção do solo. “Nós estamos com o solo na condição adequada para o diagnóstico e amostragem pois não tem a interferência de plantas de cobertura ou de plantas daninhas. Então eu consigo fazer o melhor diagnóstico e a correção no momento adequado, com menor umidade solo e, consequentemente, com menor compactação”, explica Leonardo Kerber, Coordenador de Validação Agrodigital da Cotrijal.

A partir da análise é possível determinar as deficiências nutricionais e definir as estratégias para correção do solo com maior precisão. “Esse diagnóstico é importante para tomada de decisão que o produtor vai fazer na propriedade. Contando com a consultoria técnica, ele vai entender o que pode estar limitando a produtividade, a análise vai indicar os possíveis problemas da lavoura”, aponta Kerber.

Essa avaliação também permite a escolha mais assertiva dos fertilizantes e dos locais de aplicação, evitando desperdícios e garantindo maior eficiência. Esses cuidados com a correção do solo são determinantes para a construção do potencial produtivo da lavoura e merecem atenção neste período de entressafra.

Através do programa Ciclus, a Cotrijal oferece os serviços de amostragem georreferenciada das lavouras para elaboração do diagnóstico químico e formulação das recomendações, além de dispor de equipamentos de precisão voltados à correção do solo. “O técnico sempre está junto nesse planejamento, então é importante que o produtor, antes de iniciar esse processo, troque uma ideia com o seu consultor para definir a melhor estratégia”, recomenda o coordenador.

Plantas de cobertura

Visando o manejo de plantas daninhas e a conservação do solo, o próximo passo é o cultivo das plantas de cobertura. “Quando trabalhamos com o sistema de plantio direto, a base para o bom funcionamento desse sistema é, entre outras, o incremento de matéria orgânica ao solo. E nós conseguimos garantir isso com rotação de culturas e mantendo o solo coberto durante todos os dias do ano”, explica o engenheiro agrônomo Leodario Montemezzo Junior, difusor técnico da Cotrijal.

“É importante que o produtor implemente sua cobertura para não deixar o solo descoberto e não correr riscos com as intempéries

– Mauricio Jung, difusor técnico da Cotrijal

Essa estratégia proporciona melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo, além de gerar uma proteção contra fatores externos, como chuvas e ventos, que provocam erosão e compactação, fenômenos que levam a perda de camadas de solo e de nutrientes. “É importante que o produtor implemente sua cobertura para não deixar o solo descoberto e não correr riscos com as intempéries. A gente já sabe que nesse período ocorrem chuvas um pouco mais intensas e que podem causar problemas. Então, tendo uma cobertura de solo, ficamos bem mais protegidos e resguardados quanto a esses riscos”, ressalta o engenheiro agrônomo Mauricio Jung, difusor técnico da Cotrijal.

As plantas de cobertura também absorvem nutrientes deixados pela soja e pelo milho, colaborando para a manutenção desses nutrientes no solo, beneficiando as próximas safras. Outro processo facilitado pelas coberturas é o manejo de doenças e plantas daninhas, especialmente no caso de invasoras de difícil controle. Por isso, é necessário realizar uma avaliação criteriosa das doenças e plantas daninhas mais proeminentes em cada área para embasar a escolha das plantas de cobertura que serão cultivadas.

“Dentre as opções de plantas de cobertura que podemos utilizar, devemos escolher uma que não multiplique aquela doença ou que nos permita manejar a planta daninha que está presente durante o inverno”, explica Montemezzo Junior. Essa estratégia também permite a redução das aplicações de herbicidas para as culturas de interesse comercial, reduzindo o custo de produção.

A escolha das plantas de cobertura ou de um mix dessas culturas ainda precisa considerar outros aspectos, como a produção de matéria orgânica, isto é, palhada. “A escolha da cultura de cobertura é fundamental para o sucesso do sistema como um todo e precisa ser levada muito a sério pelo produtor e pelo técnico que o atende. É muito importante definir quais são os problemas e os objetivos das coberturas para tirar o melhor proveito delas”, ressalta o difusor técnico.

Manejo de plantas daninhas

O período de entressafra também é crucial para o controle de plantas daninhas. A partir da identificação das invasoras presentes na lavoura após a colheita, o manejo deve ser realizado para reduzir o impacto na próxima safra. “Muitas das plantas daninhas que sobram em nossas lavouras são de difícil controle e esse período outonal nos permite utilizar uma gama maior de produtos para o controle e eliminação as plantas daninhas para o restante do ano, então é um momento muito importante para que o produtor faça esse manejo”, explica o engenheiro agrônomo Mauricio Jung, difusor técnico da Cotrijal.

Cotrijal

Esse conjunto de estratégias visa incrementar a produtividade e, desta forma, a rentabilidade dos produtores. No entanto, é preciso avaliar cada etapa individualmente conforme as características de cada área e de cada propriedade, sempre pesando os custos e benefícios para a produção. Com esse objetivo, o Departamento Técnico da Cotrijal está à disposição dos produtores nos 53 municípios da área de atuação da cooperativa. Em caso de dúvidas, entre em contato com nossos técnicos.

Compartilhe essa publicação!

Nas redes

Ou pelo link

https://cotrijal.com.br/blog...

Mande um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outras publicações

História que inspira

A Cotrijal incentiva associadas, como Lisiane Weber, a buscar espaços e mostrar seus talentos e competências

Benefícios técnicos e econômicos: por que apostar na safra de inverno?

Trata-se de uma oportunidade de renda para os produtores rurais e é extremamente importante no contexto do sistema produtivo

Eficiência no campo é chave para produção de leite de baixo carbono

A pegada de carbono de propriedades associadas à Cotrijal foi calculada em projeto piloto