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02/04/2025 - terça-feira - 11:44 AM

Armazenagem de grãos: a chave para lucratividade e qualidade na agricultura

Armazenar os grãos adequadamente e com segurança é fundamental para proteger os investimentos realizados ao longo da safra
A importância do armazenamento de grãos vai além de simplesmente guardar a produção: trata-se de garantir que o produto entregue mantenha suas características originais e a qualidade desejada, desde a colheita até o momento da comercialização.

A importância do armazenamento de grãos em uma cooperativa agropecuária vai muito além de simplesmente guardar a produção: trata-se de garantir que o produto entregue pelo associado mantenha suas características originais e a qualidade desejada, desde a colheita até o momento da comercialização.

Armazenar os grãos adequadamente e com segurança é essencial para preservar a qualidade do produto e é também fundamental para proteger os investimentos realizados ao longo de toda a safra. Esse cuidado não apenas preserva a qualidade da produção, mas também oferece ao agricultor a possibilidade de planejar estrategicamente a comercialização.

Muitos produtores optam por armazenar parte de sua colheita para negociá-la em momentos mais favoráveis no mercado, aproveitando melhores preços e condições. O tempo de armazenamento pode variar conforme a necessidade: alguns preferem períodos mais curtos, enquanto outros estendem o prazo para garantir uma comercialização mais vantajosa. Em ambas as situações, é essencial contar com estruturas de armazenagem adequadas e com tecnologias que assegurem a qualidade dos grãos. O gerente de Armazenagem de Grãos da Cotrijal, Rodrigo Dolizete Nicolao, ressalta que essa prática assegura que o grão mantenha o padrão exigido pela indústria, evitando perdas de qualidade, contaminação ou danos que possam comprometer a rentabilidade do agricultor.

A Cotrijal disponibiliza aos produtores uma ampla estrutura para o recebimento de grãos. As 79 unidades de recebimento na área de atuação são equipados com tecnologia de ponta e têm capacidade para 1,2 milhão de toneladas, o que garante rapidez e eficiência no recebimento de grãos como soja, milho, canola, cevada, trigo e triticale.

Cuidado e confiança

Nicolao destaca que, ao entregar a produção na cooperativa, o agricultor deposita ali a confiança de que seu grão estará pronto para ser comercializado em padrões adequados à indústria e ao mercado. Isso implica em uma série de cuidados que abrangem desde o recebimento até a conservação dentro dos silos e armazéns, assegurando a manutenção das propriedades originais do grão. Ao receber o grão, o processo inicia ainda na balança, onde são coletadas amostras para análise. “Essa primeira etapa permite classificar o grão, avaliar sua umidade e impurezas e, assim, definir seu destino: se seguirá direto para o silo ou se passará por processos de limpeza e secagem”, ressaltou o gerente. Após a secagem, o grão volta a ser limpo para garantir que apenas material de qualidade chegue aos locais de armazenagem.

A partir dessa avaliação, o grão segue para as moegas, onde é classificado, e então encaminhado para processos de limpeza e, se necessário, secagem. Essa sequência é fundamental, pois retira substâncias estranhas, reduz a umidade a patamares adequados. Após passar pelas moegas, o produto é destinado aos silos ou armazéns graneleiros. Nestes locais entram em ação tecnologias como a aeração e a termometria, que desempenham um papel crucial na qualidade do armazenamento. “A termometria, por exemplo, utiliza cabos instalados no interior das estruturas para monitorar a temperatura da massa de grãos, possibilitando o controle preciso das condições de armazenamento e alertando sobre oscilações que possam comprometer a qualidade. Da mesma forma, a aeração garante o resfriamento do produto, fundamental para manter a temperatura, o que preserva sua qualidade ao longo do tempo”, destaca Rodrigo.

Ao entregar a produção na cooperativa, o agricultor deposita ali a confiança de que seu grão estará pronto para ser comercializado em padrões adequados à indústria e ao mercado.

Rodrigo Dolizete Nicolao, Gerente de Armazenagem de Grãos da Cotrijal

Tecnologia que faz a diferença

Entre os benefícios dessas duas tecnologias no armazenamento de grãos, destacam-se a preservação das características físicas, químicas e biológicas dos grãos; a prevenção e o controle do crescimento e da atividade de insetos, fungos, bactérias e outros agentes que podem causar danos aos grãos; a redução das perdas de peso e de qualidade dos grãos, evitando o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico, água e calor pela respiração pós-colheita dos grãos e dos microrganismos, além da otimização dos processos de secagem e de expedição, garantindo que os grãos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos.

Para aperfeiçoar ainda mais o processo, a cooperativa conta com equipamento de resfriamento artificial, que agiliza a redução da temperatura dos grãos no verão, período em que a safra costuma chegar com temperaturas próximas de 30ºC a 35ºC. “Assim, em vez de levar muitas horas para alcançar o ponto ideal,
é possível regular o clima interno do silo em poucos dias”, explicou.

A manutenção preventiva dos equipamentos nos locais onde os grãos são armazenados é outro aspecto essencial para a qualidade e eficiência de todo o processo. Motores, correias e fitas transportadoras passam por verificação constante, e qualquer ruído incomum ou outros sinais que possam indicar falhas, são imediatamente investigados. Dessa forma, evita-se que, em plena safra, um problema mecânico comprometa o fluxo de recebimento e expedição.

 

Normas e certificações de qualidade

As exigências de normativas e certificações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também entram em cena no contexto da armazenagem dos grãos, conferindo padrão e qualidade ao processo. Para estar adequada a tais exigências, a Cotrijal conta com programas de qualidade internos e rigoroso plano de conservação, manutenção de temperatura e controle de pragas e roedores, priorizando a segurança e a integridade dos grãos recebidos em suas unidades de recebimento.

Manter o grão armazenado por longos períodos sem perder a qualidade exige uma prática consolidada e equipes treinadas. Há casos em que o produto permanece estocado por meses e até anos, seja por
estratégia de mercado, excesso de oferta ou contratos específicos. Nesse intervalo, a atenção aos padrões de temperatura, umidade e integridade física dos grãos é constante. Por isso, o papel da cooperativa
e suas tecnologias de armazenamento se tornam um ponto-chave.

Esse trabalho pode parecer invisível para alguns, porém é indispensável. E para o produtor rural, garante a tranquilidade de saber que, ao final do ciclo, sua produção chegará ao mercado com a mesma qualidade que tinha quando saiu do campo.

Rodrigo Dolizete Nicolao, Gerente de Armazenagem de Grãos da Cotrijal

Essas e outras reportagens também estão disponíveis na revista Valor Cooperado, publicada pela Cotrijal. Acesse e confira!

 

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